sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pró e Contra





Vendo hoje (uma matéria de ontem), num site, fiquei bem decepcionado e chateado.

O Lobão (que tanto gosto, ouço suas musicas, e já li até sua biografia - e não perdi um programa seu na época do 'Lobobotmia' na MTV) fez um livro chamado, "Manifesto do Nada na Terra do Nunca".
Ainda não li o livro, mas espero ler em breve pra tirar melhores conclusões (em quem sabe - não sei - ter uma melhor opinião o que vou falar aqui).

No livro, há uma parte divulgada na internet que cita muito bem sobre Rap e Rip Rop:

“O rap e o hip hop viraram um órgão de propaganda das ideias medíocres e revanchistas do PT, com a sua maior expressão, os Racionais MCs virou uma ridícula caricatura de toda esta doutrina (...) São efifanias de Mano Brown, abrandar clichês anacrônicos a convocar o terrorismo explícito (...) Exatamente como era de se esperar de um papagaio piegas e recalcado. O tão chamado idiota útil" ¹

(Baseado no que vi,e pensei) .
Sinceramente, ao ver isso, achei muito preconceito de sua parte, pois nasci próximo a favelas e sei o quanto isso é bem serio a realidade que ainda vivo. 
O Rap e o Rip Hop, falam sobre as realidades existentes nesses submundos espalhados Brasil afora, e dizer o que ele disse no livro, foi infeliz.
E por que isso (Rip Hop & Rap) esta sendo chamado de terrorismo? Acho que Sr. Lobo esta de forma desnecessária essa linha das ruas. Se ele parasse e ouvisse ao menos cinco musicas dos Racionais Mc's, Emicida, Sabotagem e outros (ou uma, se quisesse - não é necessário ser pra muito), perceberia o quanto essa realidade das favelas são descritas como forma de poesia no meio do caos (Rap = Ritmo e Poesia).
Parece forte, mas é o real. E isso não faz apologia nenhuma ao terrorismo ou banalidade, apesar das situações que são falada nas letras. Sei, existem uns babacões por ai, que fazem um monte de apologias, e não segue o que tem de ser feito na linha do Rap e Rip Hop (esse é o lado ruim - como em qualquer outro lugar, sempre existe a podridão que quer contaminar o meio), mas a linha do Rap e Rip Hop é essa: a de mostra a realidade, nua e crua, sem ofender, sem magoar, só pondo em algo interessante, um pouco de arte, e mostrando que negro e pobre também pode fazer muita coisa pelo mundo (Digam-me de 2Pac ou Jay-z).

(O lado bom, pelo que vi) O lado bom do livro, (ao que me parece, fora essa minha critica na parte acima) é que ele é um 'desabafo' sincero, de um cara que cansou de ver essa nossa sociedade se render por tudo (ou até por nada se duvidar). Nós realmente precisamos mudar muito (digo - na minha parte - na escola onde trabalho, que tem mil e uma situações. Uma mais catastrófica que a outra - lamentável).
Ao menos ele desabafou. Mas não é suficiente.

Se o livro vai mudar algum rumo neste país, não sei, ele não é didático, pois ao meu ver (humilde, e manso de coração) é um protesto/revolta de um cara (Lobão ão ão ão ão) que esta (ao menos o que me parece) tentando mudar seu mundo - isso é bom.

Mas é isso. Que cada um (respeitosamente) diga o que acha - por favor, escancarem, mas não vamos xingar. Cada um pensamos de uma forma. Eu penso dessa. Espero que meus amigos leitores (que vão pensar em outra forma - ou parecida com essa que vos falei) sejam respeitosos. Só isso que lhes peço.


2 comentários:

Jovem Jornalista disse...

Eu acho que cada um tem a sua opinião e isso deve ser respeitado e tal, mas agora, preconceito acho que não é legal!

Blog atualizado
jj-jovemjornalista.com

Maha Hanzanghanzan Advaita Maha Naga dasa disse...

Acho, sinceramente, que o Lobão pode se expressar livremente, à sua inteira vontade, sem qualquer empecílio, conquanto que se disponha a ouvir até o que não queira ouvir. Se ele tem algo a dizer, que o diga... Mas, com educação. Ou não. Quem pretender retrucar, que o faça, também, da mesma forma, sem impedimento. O que não pode é se ficar engasgado, com um sapo atravessado na garganta - E digo-lhes, com propriedade: o tal do "cale-se"... Mata. E mata impiedosamente. É só o que tenho a dizer. Viva Lobão, e viva quem o queira peitar. Salve o Diálogo, posto que na discordância. Discordância na sua melhor acepção, se é que se possa dizer assim. Namaskar!...

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